Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE CLÍNICO-PATOLÓGICA E SOBREVIDA DE PACIENTES COM CÂNCER DE COLO UTERINO QUE SE SUBMETERAM À EXENTERAÇÃO PÉLVICA

Introdução

O estudo justifica-se pela importância dos dados epidemiológicos do câncer de colo uterino e pela necessidade de avaliar as ações de prevenção e detecção precoce da doença, considerando o impacto no tratamento e qualidade de vida das pacientes.
Os resultados obtidos podem contribuir para melhorar as práticas clínicas e cirúrgicas relacionadas ao tratamento do cancer do colo uterino no contexto do Instituto do Câncer do Ceará.

Objetivo

O objetivo deste estudo é analisar os fatores clínicos e patológicos associados à mortalidade e recidiva de pacientes com Câncer de colo uterino submetidas à exenteração pélvica no Hospital Haroldo Juaçaba/ICC, no período de 2000 a 2019. Incluímos a avaliação de fatores clínicos como idade, estágio do câncer, tipo histológico e comorbidades nos resultados de sobrevida e recidiva; investigar a associação entre características patológicas como tamanho do tumor, invasão linfática e presença de metástases nos desfechos de mortalidade e recidiva; identificar possíveis fatores de risco para complicações cirúrgicas pós-operatórias; analisar a taxa de sobrevida livre de doença e identificar fatores preditivos de recidiva local ou a distância; e investigar a relação entre o tempo decorrido desde o tratamento primário até a exenteração pélvica e os desfechos de sobrevida e recidiva.

Casuística

26 pacientes

Método

Estudo observacional, transversal, retrospectivo, utilizando-se da consulta em prontuário médico. População composta pelos dados de pacientes com câncer do colo uterino que foram submetidas a exenteração pélvica, pós-tratamento primário, atendidas pelo serviço de Ginecologia Oncológica do Instituto do Câncer do Ceará – ICC, no período de 1/1/2000 à 31/12/2019.

Resultados

A sobrevida livre de doença com invasão perineural foi 430.9 (IC95% = 0.1 – 3,500.0) vezes menor que os pacientes sem invasão perineural. A sobrevida global dos pacientes com idade até 50 anos foi 4.0 (IC95% = 1.1 - 15.7) vezes maior que os pacientes com idade superior a 50 anos. A sobrevida livre de doença dos pacientes que não fizeram cirurgia foi 3.3 (IC95% = 1.1 - 9.8) vezes maior que os pacientes que fizeram cirurgia radical.

Conclusões

A exenteração no tratamento da neoplasia pélvica maligna deve ser realizada em pacientes cuidadosamente selecionados. A maioria das pacientes possuíam menos de 50 anos de idade, o que deve alertar os profissionais de saúde na busca ativa de pacientes para a conscientização e realização de prevenção de câncer de colo do útero. Diante dos resultados obtidos, o estudo contribui para a avaliação das ações de prevenção e detecção precoce da neoplasia, tendo em vista o comprometimento da qualidade de vida das pacientes que se submetem à exenteração pélvica. A relevância e magnitude dos dados epidemiológicos de câncer do colo uterino foram considerados, e o estudo teve como proposta analisar o perfil de fatores clínicos/patológicos associados à mortalidade e recidiva de pacientes.

Palavras Chave

CANCER DE COLO UTERINO; EXENTERAÇÃO PELVICA; SOBREVIDA; PREVENÇÃO;

Área

Tumores do colo uterino e patologia do trato genital inferior

Instituições

INTITUTO DO CANCER DO CEARA - Ceará - Brasil

Autores

BRUNO MARINHO ÁGUILA, FELIPE DE LIMA MONTEIRO, HELÁDIO FEITOSA DE CASTRO NETO, BRUNO DE SOUSA SOARES, JEFFERSON SILVA OLIVEIRA, RODRIGO DE OLIVEIRA LIMA