Dados do Trabalho


Título

INTERNAÇÕES POR NEOPLASIA MALIGNA DE MAMA NO CONTEXTO BRASILEIRO NOS ÚLTIMOS 5 ANOS: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA

Introdução

O câncer de mama apresenta-se como um grande dilema na saúde pública nacional, pois, em meio às variadas neoplasias malignas, é uma das principais causas de morte pós-menopausa. Dentre os motivos relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença, destacam-se: idade, fatores genéticos e hereditários, fatores endócrinos e reprodutivos, além de influências comportamentais e ambientais (INCA,2023). Diante desse cenário, medidas de controle do câncer de mama foram progressivamente incorporadas às Políticas Públicas de saúde do país, no entanto, ainda enfrenta desafios como a baixa cobertura, desorganização dos serviços, barreiras socioeconômicas e o alto índice de internações decorrentes dessa patologia (SVERZUT,2023).

Objetivo

Descrever os dados dos pacientes internados por neoplasia maligna de mama no Brasil nos últimos 5 anos.

Casuística

Não se aplica.

Método

Trata-se de um estudo descritivo acerca das internações por neoplasia maligna de mama de janeiro de 2019 a dezembro de 2023 no país. Os dados foram coletados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), pertencente ao Departamento de Informática do SUS (DATASUS), tendo como variáveis: regiões brasileiras, cor/raça, caráter de atendimento, faixa etária e sexo. Os dados obtidos foram organizados em tabela e posteriormente analisados em Excel.

Resultados

No período de 2019 a 2023, nas cinco regiões brasileiras, ocorreram 373.037 internações devido à neoplasia maligna de mama no total, sendo o maior número no sudeste (49,3%), e o menor no norte (3,5%). No ano de 2023 observou-se o pico mais elevado, com 81.709 internações. A patologia se apresenta majoritariamente no sexo femino, cujo número total de mulheres internadas foi 369.157, enquanto o de homens, 3.880. Os números mais expressivos começaram a aparecer a partir dos 30 anos para ambos os sexos, somando 96,1% para homens e 98,2% para mulheres. A faixa etária dos 60 a 69 anos (27,3%) no sexo masculino e dos 50 a 59 anos (27,6%) no feminino foram as mais afetadas. No que se refere à distribuição étnica, a população branca (43,8%), e parda (40,1%), foram as mais impactadas, enquanto a população amarela (1,25%) e indígena (0,02%) foram as menos. Com relação ao caráter de atendimento, as internações eletivas superaram as de urgência em 32%.

Conclusões

Mediante o exposto, entende-se que as internações eletivas expressam abrangência majoritária para os casos, com maior intensidade na região sudeste, com predominância do sexo feminino. Brancos e pardos somam a grande maioria das internações totais e a faixa etária de preeminência ocorre dos 60 a 69 anos para o sexo masculino, e para o sexo feminino dos 50 a 59. Outrossim, o conhecimento acerca do perfil epidemiológico em neoplasias malignas de mama é fundamental para incorporar políticas públicas com medidas profiláticas mais eficientes e efetivas, possibilitando reduzir o agravamento e a mortalidade por essa patologia, além de oferecer maior qualidade de vida para a população mais propensa à doença. Para tanto, são necessários maiores estudos que possibilitem investigar mais a fundo os fatores relacionados à temática.

Fotos e tabelas

Referências

BRASIL. Ministério da saúde. Instituto Nacional do Câncer - INCA. Câncer de mama; 2023.
Disponível em :https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/mama. Acesso em: 20 de abr 2024.

SVERZUT, Tatiana do Valle Lovato et al. Fatores associados a proporção de resultados alterados nas mamografias de rastreamento: estudo ecológico. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 44, p. e20220155, 2023.

Palavras Chave

Neoplasias da mama; saúde da mulher; hospitalização; epidemiologia descritiva.

Área

Tumores da mama

Autores

Soyane Paris Brucieri, Ana Ester Gomes Azevedo, Bibiane Dias Miranda Parreira, Letícia Alessandra de Souza Campos, Vitória Melo Pereira