Dados do Trabalho

Título

Estudo epidemiológico da neoplasia maligna da mama: Análise das mamografias e taxas de mortalidades em mulheres no Rio de Janeiro no período de 2013 a 2023

Introdução

O câncer de mama é uma doença multifatorial que tem como principal fator de risco o envelhecimento que, por sua vez, se associa ao acúmulo de exposições ao longo da vida da mulher. A falta do diagnóstico precoce dessa neoplasia leva a um impedimento dos tratamentos curativos, assim reduzindo a taxa de sobrevivência das mulheres acometidas. Dessa forma, faz-se necessário o estudo acerca do acompanhamento existente do câncer de mama nas mulheres.

Objetivo

Estimar o perfil epidemiológico da mamografia de rastreamento e taxa de mortalidade da neoplasia maligna da mama em mulheres residentes no estado do Rio de Janeiro no período de 2013 a 2023.

Casuística

Não se aplica

Método

Estudo ecológico, descritivo, de série temporal, utilizando dados secundários do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS) e do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) no período de 2013 a 2023. As variáveis incluídas no estudo foram quantidade apresentada de mamografia bilateral para rastreamento (código: 0204030188), divisão administrativa estadual, taxa de mortalidade, faixa etária e cor.

Resultados

Em 2023, foram realizadas 244.656 mamografias de rastreamento em mulheres na população alvo (50 a 69 anos) no SUS. Apesar da queda de aproximadamente 47.99% em 2020 em consequência da pandemia de COVID-19, houve uma recuperação seguida por aumentos progressivos nos anos seguintes, sugerindo estabilidade. Em relação à taxa de mortalidade por neoplasia maligna da mama em mulheres residentes no estado do Rio de Janeiro, parece haver uma tendência geral de queda nos últimos anos, especialmente notável a partir de 2020, porém, em 2023 o estado do Rio de Janeiro ainda possui uma taxa mais alta (12,48%) em comparação com o a do Brasil (7,5%). Ademais, observou-se que a mortalidade aumenta progressivamente conforme a faixa etária, e em 2023 a população na faixa etária de 80 anos e mais apresentou a maior taxa de mortalidade (23,23%), e a população de cor amarela (13,64%) e cor parda (13,55%) apresentaram maior taxa de mortalidade.

Conclusões

O levantamento epidemiológico acerca da mortalidade por neoplasia maligna da mama em mulheres tem relevância crescente no contexto da Saúde Pública e, assim, possibilita valorizar a prevenção, e o diagnóstico da doença, fazendo uso da mamografia de rastreamento na população alvo, oferecendo uma melhora na qualidade de vida ao diminuir os fatores de risco.

Fotos e tabelas

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. DATASUS. Tabnet. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: . Acesso em: 29 abril. 2024.

CHALA L. F. et.al (2007). Avaliação das mamas com métodos de imagem. Disponível em: . Acesso em: 30 abril 2024.

KLARENBACH, S. et al. Recommendations on screening for breast cancer in women aged 40-74 years who are not at increased risk for breast cancer. CMAJ, v. 190, n. 49, Dec. 2018. DOI: 10.1503/cmaj.180463Disponível em: . Acesso em: 30 abril 2024.

MIGLIORETTI, D. et al. Radiation-induced breast cancer incidence and mortality from digital mammography screening: a modeling study. Annals of internal Medicine, v. 164, n. 4, Feb. 2016. DOI 10.7326/M15-1241. Disponível em: . Acesso em: 30 abril 2024.

SILVA, M. M.; SILVA, V. H. Envelhecimento: importante fator de risco para o câncer. Arquivos Médicos do ABC, Santo André, v. 30, n. 1, p. 11-18, 2005. Disponível em: .
Acesso em: 30 abril 2024.

SOUZA, V.O.; GRANDO, J.P.S.; FILHO, J.O.; Tempo decorrido entre o diagnóstico de câncer de mama e o início do tratamento, em pacientes atendidas no Instituto de Câncer de Londrina (ICL). RBM Rev Bras Med, 2008. Disponível em: . Acesso em: 30 abril 2024.

Palavras Chave

Câncer de Mama; Sistema Único de Saúde; Mamografia.