Dados do Trabalho

Título

NEOPLASIA DE MAMA SINCRONICA BILATERAL: TUMOR PHYLLODES MALIGNO E CARCINOMA DUCTAL INVASIVO

Introdução

Apresentação de caso: Paciente do sexo feminino, 63 anos, foi encaminhada ao serviço de cirurgia oncológica com história de nodulação em mama direita e grande massa tumoral avermelhada em mama esquerda. Ultrassonografia de mamas e mamografia evidenciaram uma tumoração em mama direita e outra em mama esquerda sugestivas de neoplasia, além de uma adenopatia na axila direita. Foi então realizada core biopsy das lesões com diagnóstico de carcinoma ductal invasor na mama direita e tumor phyllodes em mama esquerda confirmados por imunihistoquímica. O estadiamento clínico evidenciou doença metastática com múltiplos nódulos pulmonares, lesões líticas em corpos vertebrais e arcos costais, além de nódulos hepáticos. A paciente foi submetida à quimioterapia neoadjuvante com resposta parcial em mama direita e progressão de doença em mama esquerda. Devido ao aspecto da lesão, sintomatologia da paciente e progressão de doença em vigência de quimioterapia, o caso foi levado para tumor board e a paciente então foi submetida ao tratamento cirúrgico paliativo com mastectomia simples bilateral.

Objetivo

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Casuística

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Método

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Resultados

Discussão: Neoplasia de mama sincrônica bilateral é definida como a presença simultânea de 2 tumores primários ao diagnóstico ou que são detectados até os primeiros 12 meses do diagnóstico do primeiro tumor. A incidência oscila entre 0,3 e 12%. O tumor phyllodes maligno da mama é raro, responsável por menos de 1% dos tumores de mama e seu tratamento consiste em ressecção cirúrgica com margens livres ou mastectomia, tratamento adjuvante deve ser considerado nos casos de cirurgias conservadosas, tumores recorrentes ou com metástase. As metástases são raras e os sítios mais comuns são pulmões (66%), ossos (28%) e cérebro (9%), com disseminação preferencialmente hematogênica, raramente acometendo linfonodos (<1%). Já o carcinoma ductal invasivo representa 80 a 90% dos carcinomas de mama e seu tratamento é individualizado e multimodal com associação de cirurgia, quimioterapia, radioterapia e/ou hormonioterapia, dependendo do estadiamento da doença e padrão imunohistoquímico.

Conclusões

Comentários Finais: Neoplasias de mama bilateral sincrônicas são raras e quando os tipos histológicos são diferentes, o caso torna-se mais especial ainda já que cada um exigirá um tratamento. Tumor phyllodes maligno geralmente tem seu tratamento baseado em cirurgia, conforme foi realizado no caso, já o carcinoma ductal invasor o tratamento irá depender da imunohistoquímica e progressão da doença.

Referências

HAMY, A.-S. et al. Evolution of synchronous female bilateral breast cancers and response to treatment. Nature Medicine, v. 29, n. 3, p. 646–655, 1 mar. 2023.

‌LISSIDINI, G. et al. Malignant phyllodes tumor of the breast: a systematic review. Pathologica, v. 114, n. 2, p. 111–120, 1 abr. 2022.

TAN, B. Y. et al. Phyllodes tumours of the breast: a consensus review. Histopathology, v. 68, n. 1, p. 5–21, 1 jan. 2016.

‌ZHANG, Y.; KLEER, C. G. Phyllodes Tumor of the Breast: Histopathologic Features, Differential Diagnosis, and Molecular/Genetic Updates. Archives of Pathology & Laboratory Medicine, v. 140, n. 7, p. 665–671, 1 jul. 2016.

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Palavras Chave

Neoplasia da Mama; Câncer de Mama; Tumor filoide; oncologia cirúrgica; Cirurgia Mamária; Cirurgia oncológica; "Rare Neoplasm"