Dados do Trabalho


Título

Sudeste e o Câncer de Mama

Introdução

O câncer de mama é a forma mais comum de neoplasia entre as mulheres globalmente, registrando cerca de 2,3 milhões de casos novos em 2020, o que equivale a aproximadamente um quarto de todos os casos de câncer. No Brasil, excluindo os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama lidera as estatísticas entre as mulheres, com incidência especialmente alta nas regiões Sul e Sudeste. Essa predominância nessas áreas pode ser atribuída a diversos fatores, como um nível mais elevado de desenvolvimento humano, maior expectativa de vida, uma proporção significativa de população branca, estilos de vida específicos, adiamento da gestação e menor número de filhos.

Objetivo

Comparar estados do Sudeste quanto a taxa de mortalidade por câncer de mama, entre 2014 e 2023

Casuística

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Método

Estudo transversal descritivo, dados coletados no Sistema de Informação Hospitalar (SIH/DATASUS), por taxa de mortalidade em neoplasia maligna da mama dos estados da Região Sudeste. No filtro da pesquisa, aplicou-se o ano de processamento (2014 a 2023), faixa etária, cor/raça, regime e caráter de atendimento. A ferramenta utilizada para o gráfico foi o Excel.

Resultados

Na Região Sudeste, o estado do Rio de Janeiro apresentou a maior taxa de mortalidade por neoplasia maligna de mama (N=12,03%), seguido por São Paulo (N=8,64%), Minas Gerais (N=6,69%) e Espírito Santo (N=6,37%), tendo o valor muito acima da média da Região (N=8,71%).
Em todas os estados, a faixa etária de 80 anos ou mais apresentou maior taxa de mortalidade (média de 17,52%), tendo o Rio de Janeiro a maior taxa (N=22,31%), seguida por São Paulo (N=17,77%).
Quanto a cor/raça, a preta teve maior taxa de mortalidade no Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo (Minas Gerais foi maior na indígena), com média de 10,22% na Região. Vale ressaltar que o estado do Rio de Janeiro foi o único com valor maior que essa média de taxa de mortalidade da cor/raça preta (N=13,34%).
O caráter de urgência foi predominante em todos os estados, com média de 18,67% da taxa enquanto eletivo apresentou 3,19%. São Paulo foi o predominante na taxa de mortalidade por caráter de urgência (N=23,14%), seguido pelo Rio de Janeiro (N=19,22%). Rio de Janeiro teve maior taxa no caráter eletivo (N=9,55%), seguido por São Paulo (N=1,79%). Minas Gerais e Espírito Santo tiveram menos de 1% de taxa de mortalidade no caráter eletivo.
O regime público (N=9,46%) apresentou maior média que o privado (N=7,86%). Porém, enquanto Rio de Janeiro e Minas Gerais predominaram no público, os demais estados do Sudeste tiveram maiores taxas no regime privado.

Conclusões

O Rio de Janeiro tem a maior taxa de mortalidade por câncer de mama na Região Sudeste, seguido por São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. As pessoas com 80 anos ou mais são mais afetadas, especialmente no Rio de Janeiro. A população preta é a mais vulnerável, com maior taxa encontrada. O atendimento de urgência e o sistema público tem maiores taxas de mortalidade.

Fotos e tabelas

Palavras Chave

Sudeste; neoplasia maligna; Mama

Área

Tumores da mama

Autores

Diego Menezes de Oliveira, Letícia Kethelyn Bickel, Iasmin Schausse Ferreira, Tácira Karoline Pereira Nascimento